Boa tarde a todos!
Vim falar agora sobre como foi o meu retorno ao Aeroclube de Bragança Paulista para checar o PC/IFR!
Ao receber via facebook a maravilhosa notícia de que finalmente a ANAC liberou o Simulador AATD de Bragança Paulista para instrução, finalmente pude retornar à Bragança Paulista para checar o PC/IFR, pois estava em Macapá/AP esperando em casa.
Por volta do dia 8 de fevereiro foi quando a ANAC liberou a instrução IFR no simulador e comecei a organizar a minha viagem. Então dia 25 de fevereiro desse ano eu estava chegando mais uma vez ao ACBP pela parte da tarde, debaixo de muita chuva!!
Repasse IFR
Tentei agilizar ao máximo possível a minha estadia no aeroclube para evitar gastos desnecessários. Já coordenei com a secretaria antes mesmo da viagem para que eu pudesse, assim que eu chegasse, fazer um voo de repasse SBBP SBSJ SBBP para pegar novamente a mão do avião e dos procedimentos IFR que eu precisava fazer durante o check. Então dia 26 pela manhã consegui fazer um voo IFR de 2.5 para São José dos Campos, onde consegui fazer 2 procedimentos de aproximação. Um “Y” que consiste em um procedimento balizado pelo VOR SJC e aproximação ILS na 15 de SBSJ. O segundo foi o procedimento “W”, também balisado pelo VOR SJC, dessa vez fazendo um ARCO DME, interceptando o ILS da 15 para aproximação. Após as arremetidas, fiz a saída FAME primeiramente e na segunda, saída XUXIT para retorno à SBBP.
Então no mesmo dia consegui fazer meu voo de check de PC/IFR.
Cheque de PC/IFR
Meu voo de check começou por volta das 15h do mesmo dia 25. Fui na Rádio passar o plano. Uma novidade bem interessante é a forma do preenchimento do Plano de Voo, totalmente informatizado. Fui no computador disponibilizado e passei todos os dados relativos ao voo que pretendíamos fazer. A dica é vc preencher ainda o formulário antigo, pois na hora de passar para o computador você não perder muito tempo lembrando de inserir alguns detalhes e ocupando demais o computador. Como o voo de cheque IFR decola visual de SBBP, devem ter mudanças nas regras de voo durante o voo, fazendo com que a linhas linhas do item ROTA sejam praticamente todas preenchidas 🙂
Ao retornar, fiz a inspeção do avião que iríamos voar. O Tupi PT-RPM, mais querido em relação ao NYA como os instrutores mesmos afirmam.
Então avião inspecionado, plano passado, tanques cheios e drenados, documentos e kit a bordo… Hora de acionar!!
O voo de cheque a ser realizado consistia em um voo entre SBBP SBSJ via corredores visuais, após mudança de planos pra realizar os procedimentos de precisão e não precisão em SBSJ e após, retorno à SBBP.
Tripulação a bordo, porém sem câmeras digitais, comecei a preparar a cabine para o voo e após o check de acionamento. Item a pós item sendo lidos e checados para então acionarmos. A pista em uso era a 34 com vento um tanto de través, porém com pouca intensidade. Acionamento realizado, temperatura do óleo verificada, aquecemos o motor durante 1 minuto aproximadamente, chamamos a rádio e informamos início do táxi para o ponto de espera da 34.
Novamente checklist para verificação de comandos, instrumentos e motor, briefing de decolagem normal, pane na corrida de decolagem, abaixo e acima de 500ft, check de área para ingresso. Informamos a rádio que iriamos ingressar e decolar de imediato.
Decolagem normal, com flap 10º curvando a esquerda após check de 500ft para ingresso na perna do vento e livrar circuito com proa de cruzeiro.
Ingressamos nos corredores visuais e passamos a coordenar na 126.65 até Igaratá, onde chamamos o Controle SP em 129.05 Fomos orientados a manter altitude de 5000 ft e voar na proa do VOR SJC. Ao bloquear, fizemos o ajuste à órbita com entrada deslocada, já autorizados à rebloquear e iniciar afastamento do procedimento “Y”. Durante afastamento, mantendo a RDL 320, na 8ª milha, começo a configurar o avião para pouso e faço curva base pela direita, descendo para altitude especificada no procedimento. Chamo a torre São José e mais alguns segundos intercepto o localizador e vou descendo conforme indicação do glide slope. Chamamos ao passar o fixo poli e ao atingir a DA, iniciamos arremetida, conforme coordenado com a torre anteriormente. Prosseguimos na saída FAME com curva a esquerda, interceptando a RDL 099 de SJC.
Chamamos para 5000 ft novamente, conforme autorizado pelo Controle SP e afastamos mantendo a radial para interceptar o arco DME por dentro para dar início a nova aproximação. Ao interceptar, o vento atrapalhou um pouco, pois estava lateral e um pouco mais intenso do que antes, então não foi possível manter sempre a proa ideal no cruzamento das radiais. Tive que monitorar a distancia no DME do GPS, corrigindo o vento. Quase completando o arco, cruzando a radial 345 novamente começo a configurar a aeronave para pouso, chamando novamente a torre SJ. Informamos estabilizado no ILS da 15 e após, ao passar o fixo poli, já coordenando o próximo procedimento, que seria um VOR/DME, aproximação de não precisão. Arremetemos novamente na saída FAME, e mantemos a RDL 099 até nivelar à 5000 ft na escuta do controle, que autorizou voar novamente na proa do VOR para bloqueio e afastamento direto para início do procedimento. Então ajustei o VOR para verificar qual a radial me levaria até o bloqueio e, ao atingí-lo, iniciei afastamento, dessa vez em descida até a 7ª milha, conforme publicação. Curva base pela direita, interceptando o curso 160 descendo na final à 700 mt/min. Ao atingir a MDA, reportei visual para o checador, que pediu para arremeter conforme publicação. Informei ao Controle SP que a intenção era voltar visual para SBBP via corredores e assim fomos autorizados.
Já em coordenação nos corredores mantendo os 5000 ft, pegamos um pouco de chuva, porém sem comprometer a visibilidade. Mas valeu a pena. Deu pra sentir o gostinho da “condição adversa” haha 😀
Ao livrarmos os corredores, chamamos novamente a Rádio Bragança e informei o setor pelo qual estávamos nos aproximando do aeródromo e quando a 1 minuto da entrada do circuito. Ao ingressar na perna do vento da 16, havia uma aeronave pedindo preferencia de pouso por problemas técnicos (acho que elétricos), então alongamos um pouco mais a do vento, na dianteira do Cherokee DJL que também alongou.
Girei base e final longa com 15º de flap mantendo 80kts. Porém na nossa dianteira na curtíssima final, um paulistinha estava a pousar. Então reduzi para 70kts com 25º de flap para dar tempo do tráfego livrar a pista e podermos fazer um pouso seguro. A aeronave a frente livrou poucos segundos antes do nosso RPM tocar a pista. Livramos e taxiamos para o pátio do Aero. Cheque de corte e abandono e mais um voo e consequentemente uma etapa inteira realizada. A partir daí, só faltava a “burocracia de cada dia”: Documentos, assinaturas, cervejas e churrasco! haha O último não posso negar… É muito bom (e caro!) 😀
Então a partir desse momento, me tornei PC/IFR Mono, com muito sacrifício e muito orgulho!
Pra quem interessar, seguem os procedimentos que realizei no meu check:
ILS/DME Y – ILS/DME W – VOR/DME – Saída FAME – Corredores Visuais TMA SP – PT-RPM – SBBP – SBSJ
Quem acompanha o blog, deve ter visto o extrato da ANAC da minha habilitação tempos atrás, quando eu rechequei o PP em Belém/PA..
Era assim:
Agora ela está assim:
Claro, a ANAC faltou com a informação da minha habilitação IFR no estrato e na CHT provisória, mas já estou resolvendo isso com a força do ACBP. Espero que logo logo todas as informações já estejam incluídas!
Próximo passo: Correr atrás de Emprego!
Até mais!
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